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Twine Wine & Tapas

Reza a lenda que quem encontrar os galos na fachada da igreja de Santa Cruz de Braga, um dia se casará. Enquanto os procura, sente-se na esplanada do Twine Wine & Tapas com um bom vinho a acompanhar os petiscos que por cá se servem. Mas se acha que o inverno não é altura de esplanadas, não se preocupe que com as mantas cedidas pela casa e dois dedos de conversa entre amigos, certamente nem notará o frio.

Localizado no número 28 do Largo Santa Cruz, no edifício da Casa dos Coimbras, a origem deste espaço tem uma história parecida com tantas outras, mas que não deixa de ser humilde e um incentivo para seguirmos as nossas crenças. João, Ricardo e Jorge são 3 amigos bracarenses que se esforçavam por encontrar um sítio para um bom convívio de volta de uma bela garrafa de vinho. Então, criaram um.

A palavra mistura parece-me a ideal para descrever esta casa. A mistura entre o vintage e o contemporâneo. O espaço ocupa um antigo edifício do século XVI, onde poderá encontrar um belo contraste entre as arcadas em pedra e os mosaicos pintados à mão com os cachos de candeeiros variados que iluminam as cores brancas e douradas do espaço e a moderna garrafeira estendida junto ao tecto, acessível por uma escada em madeira, fazendo lembrar bibliotecas antigas que vemos em tantos filmes.

O contraste estende-se à comida, esta tradicional mas apresentada de forma muito moderna mas sem abdicando de grandes sabores. Os 3 sócios são como arquitetos, que trabalham sazonalmente a sua carta gastronómica e expandem a de vinhos, já com mais de 6 dezenas de vinhos, de quase todas as regiões de Portugal.

Nada como começar uma refeição de inverno com uma aconchegante sopa, um caldo verde passado, com uma forte cor verde e todos os sabores da batata, azeite, couve e chouriço numa só colherada. Seguidamente provamos um fresco carpaccio de polvo com vinagrete de figo e uns charutos crocantes de morcela com uma compota picante de maçã raineta acompanhado de um refrescante vinho branco Catarina de 2014.

Aconselhamos os pastéis de Belém de bacalhau com natas, servidos com salada doce que contrabalança muito bem a sua riqueza. E não se esqueçam dos doces, como o gelado de pudim abade de priscos com caramelo de laranja ou o nosso favorito mousse do jardim, onde por alguns minutos voltamos a ser crianças a brincar na terra, encontrando tesouros em forma de frutos vermelhos, envoltos num suave creme de chocolate, debaixo de uma cama crocante.

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