Almada, Comer Fora, Grande Lisboa, Restaurantes
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Estaminé 1955

Quando em 1955 o Sr. Brito abriu a sua leitaria, que é hoje o Estaminé 1955, estava longe de imaginar a tamanha homenagem que iria receber, 4 anos após o fecho da mesma.
Espaço emblemático, sobejamente conhecido por todos os Cacilhences, foi o primeiro estabelecimento de Almada a ter a tão aclamada “caixinha mágica” que proporcionou momentos tão marcantes a todos os portugueses.
Estava encontrado o local ideal para Orquídea Coimbra assentar arreais e começar a dar forma à sua primeira e, bem-sucedida, experiencia na restauração.
A principal preocupação foi a de manter a traça original do espaço, respeitando e perpetuando a sua história. Assim, mantiveram o balcão verde água original, como muitos dos produtos que o preenchem, alguns deles oferecidos pelo antigo proprietário. Os pés das mesas, as cadeiras, o mármore das paredes e até as portas verde água das casas de banho, continuam a fazer parte da decoração.
Aqui o que não falta é originalidade e tradição, como as antigas caixas de fruta de madeira maciça que ornamentam o tecto, a mesa de matraquilhos que dá apoio à cozinha, os tanques de lavar a roupa que servem de lavatório, entre muitas outras curiosidades que vos convido a descobrir. Asseguro-vos que lavar as mãos será uma experiência que nunca mais vão esquecer!
Quem se desloca ao número 130 A da, famosa, Rua Cândido dos Reis em Cacilhas, fá-lo para degustar os mais “típicos” hambúrgueres lusitanos, que se distinguem por representarem da melhor forma a nossa conceituada gastronomia.
Utilizam produtos nacionais e dão preferência ao comércio local, de forma a confecionarem as mais frescas tentações todos os dias. Sempre atentos aos desejos dos clientes, a carta tende a inovar, presenteando quem os visita com produtos e ingredientes novos, como a Carne da Barrosã DOP, premiada com duas medalhas de ouro na feira da agricultura de 2015, a batata-doce frita e os hambúrgueres Edição Limitada.
Neste momento já devem estar com fome, por isso chegou a hora de “dar ao dente”!
Começamos com um “Acepipe d’avó Flor”, diferente todos os dias, desta vez em formato coxinha de frango e, a mais recente aquisição da carta, o deliciosíssimo Caco com queijo de cabra, rúcula, mel e nozes, capaz de converter qualquer um aos encantos do queijo derretido…
Hambúrgueres… Hambúrgueres…
Há-os para todos os gostos e desejos, e cada um deles é uma viagem a uma região do país, ou aos descobrimentos portugueses, como se denota pelos ingredientes que os constituem e lhes dão nome.
Optamos por viajar com o Galo de Barcelos, hambúrguer de frango e alheira d’aves em cama de grelos salteados, queijo edam, cebola caramelizada e ovo estrelado em pão de hambúrguer artesanal, super fofinho… e o Horta do Monte, um dos hambúrgueres vegetarianos disponíveis no menu, feito com grão-de-bico e cenoura em cama de espinafres salteados, queijo mozzarella, aros de cebola frita e maionese de limão, em pão de hambúrguer artesanal, repito, super fofinho…
Há ainda o Tripeiro, naco 100% novilho, linguiça, salsicha, fiambre e queijo flamengo em pão de hambúrguer artesanal regado com molho tripeiro, o Funchalense com banana, presunto, agrião e molho Madeira em bolo do caco… O Estaminé 1955… o Vera Cruz feito com picanha… o Barrosã DOP… para citar alguns… todos acompanhados por batata frita e maionese de alho e ervas.
Quando pensamos que já não conseguimos dar mais uma dentada que seja, eis que surge a expressão “De lamber os beiços” e, o que parecia fácil tornou-se na difícil tarefa de dizer que não a uma mousse de chocolate à fatia, em base de bolacha, ou ao delicioso final, sobremesa que varia diariamente.
Sabemos que a missão do Estaminé 1955 foi cumprida quando nem nos conseguimos levantar da cadeira, com as barriguinhas repletas de tanta nacionalidade.
Podemos afirmar que é com certeza uma casa (de hambúrgueres), genuinamente, portuguesa!

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